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“Os princípios da igualdade de todos os cidadãos perante a lei e de livre expressão e exercício de suas crenças religiosas se encontram no fundamento das sociedades democráticas modernas. Esses princípios implicam que o poder político se dissocie do religioso e o Estado seja neutro em relação à diversidade de crenças presentes na sociedade. Seu papel é assegurar que todos os cidadãos, não importa se adeptos de uma religião majoritária ou minoritária ou de nenhuma religião, possam exercer livremente o direito de professar e praticar as suas crenças ou a ausência delas. ”
Este livro traz ao debate público as relações entre religião e democracia, a partir de três temas: educação, direitos reprodutivos e liberdade religiosa, com textos sobre a Europa e o Brasil.
Leila Linhares Barsted, no artigo FAMÍLIA, SEXUALIDADE E REPRODUÇÃO UM CAMPO EM DISPUTA busca analisar as configurações sobre família, sexualidade e reprodução no Brasil a partir dos discursos do Estado e dos discursos religiosos em diferentes contextos históricos. Estado e igreja se articulam ou se distanciam na produção de normas de conduta e de valores hegemônicos que dizem respeito não só ao controle dos corpos mas, também, ao controle do patrimônio, controle do poder político e do poder simbólico. As normas e valores religiosos atuam como instâncias de regulação e como mecanismos pedagógicos produzindo sentimentos comuns, mesmo que esses sentimentos e valores entrem em contradição com as práticas dos indivíduos e dos grupos na sociedade.
Acesse a publicação Religiao_e_Democracia_na_Europa_e_no_Brasil (1)
Ano de publicação: 2022