Ativistas pressionam o Ministério do Líbano para que garantam o direito das mulheres à nacionalidade:
A atual legislação libanesa, datada de 1925, está sendo consideradadiscriminatória na questão da igualdade de gênero. A lei permite que os homens passem a sua nacionalidade para seus filhos e suas esposas não libanesas, no entanto, proíbe tais direitos a mulheres libanesas casadas com não libaneses. A Constituição Libanesa permite automaticamente aos homens casados com estrangeiras que estas adquiram a nacionalidade libanesa e, mesmo que esta esposa já tenha tido 10 filhos de outro casamento, eles adquirem a nacionalidade libanesa. Aproximadamente 18.000 mulheres libanesas são casadas com estrangeiros morando no Líbano e mais de 80.000 pessoas são afetadas pela atual legislação, segundo o Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (UNDP) “Reformando a Lei no Líbano” A organização Coletiva para Pesquisa e Treinamento de Ação de Desenvolvimento (Collective for Research and Training on Development-Action – CRTD.A) divulgou uma campanha nacional há mais de uma década procurando reformar as leis discriminatórias.
Desde então obteve consideráveis transformações nas leis da Argélia, Marrocos e Egito. Recentemente, Bahrain adotou medidas garantindo a igualdade para as mulheres e a Síria vem estipulando leis de igualdade de gênero na educação. Não há mais desculpas para o Líbano não aderir à mudanças. A falta de cidadania libanesa cria uma série de dificuldades na obtenção de empregos, de educação, de uso do sistema de saúde e, principalmente, o medo de poder ser deportado a qualquer momento. Uma mulher libanesa expôs suas preocupações quanto ao futuro financeiro de seus filhos. Casada com um estrangeiro e com filhos sem cidadania libanesa se preocupa com a impossibilidade de poder deixar uma herança, caso faleça, para seus filhos e marido. Homens e mulheres são tratados iguais quando se trata de injustiça. Daily Star