Confinadas ao espaço domestico, proibidas de  sair as ruas, estudar, trabalhar, participar da vida política,  de frequentar serviços de saúde, submissas e submetidas a violência domestica,  ao casamento precoce, ao estupro, a mortalidade materna. É assim que o regime Taliban tratou mulheres e meninas quando detinha o poder no Afeganistão, poder que recuperou agora com a falência da ocupação americana no país. 

Invisíveis dentro de burcas, as mulheres e meninas têm morte civil no regime Taliban.  Elas serão regidas por uma interpretação radical e fundamentalista pela sharia,  conjunto de leis derivadas do Corão. 

Mesmo se esta situação é um  exemplo extremo da submissão das mulheres, alertamos para o fato de que não se trata de um ponto fora da curva pois, em diversos países, inclusive no Brasil,  mulheres e meninas são constantemente ameaçadas de perder direitos em nome de uma cultura patriarcal  amparada na interpretação de textos sagrados como  a Bíblia, ou os Evangelhos.

Mulheres e meninas são sempre as principais vítimas quando religião e política se misturam em regimes conservadores que advogam o cerceamento de seus direitos, e questionam sua plena igualdade no casamento, seu direito a uma educação norteada pela igualdade de gênero, e não respeitam a sua autonomia sexual e reprodutiva.  Isto está acontecendo hoje no Brasil, onde avança a combinação tóxica de religião e política.

 O Afeganistão também pode ser aqui.

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