No dia 25 de abril foi publicado na Revista Fórum, o artigo “Para preto é tiro, Covid e fome” de Monica Cunha, ativista negra, fundadora do Movimento Moleque e membra da Coalizão Negra por Direitos.

“Preto, pobre e favelado, no Brasil, conhece muito bem a realidade de fome e violência que assola o país. Sobrevivemos enquanto povo negro a 500 anos de desrespeito, desumanização e extrema desigualdade, sofrendo com estupros, torturas, terror e morte durante todo esse período.

Apesar dessa infeliz constatação, persistem no Brasil setores incapazes (ou que preferem se fingir de) de reconhecer o ciclo de violência e negação de direitos que os quase quatro séculos de escravidão, ainda hoje, provocam. Não há diferença entre aqueles senhores de terras, nos séculos XVI a XIX, que expropriavam o trabalho dos negros escravizados e as pessoas que hoje negam o racismo estrutural como traço marcante da desigualdade na sociedade brasileira. Ambos se mostram incapazes de ler a realidade a sua volta e ver no outro (negro) um semelhante. A sua omissão, hoje, permite, assim como no passado, a legitimação do genocídio da juventude negra, o sofrimento e as torturas decorrentes do encarceramento em massa, entre outras graves violações.”

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