Mulheres rurais, camponesas, indígenas, agricultoras continuam enfrentando desigualdades estruturais e políticas socioeconômicas que limitam o reconhecimento e a valorização total de seu trabalho reprodutivo, produtivo e comunitário. Como resultado, e embora seu trabalho as sustentem, as mulheres rurais têm pouca possibilidade de participação e liderança nos mecanismos de tomada de decisões, na execução de programas de desenvolvimento rural agrário e em sistemas produtivos. Além disso, ainda enfrentam limitações significativas no acesso a recursos financeiros, crédito, mercados e outros, bem como serviços de saúde, educação, justiça, habitação e saneamento, entre outros, que comprometem o pleno exercício de seus direitos em todas as áreas.

Neste momento de emergência global representado pelo COVID-19, as mulheres rurais enfrentam os mesmos desafios que todas as mulheres mas elas os enfrentam na esfera rural, que apresenta uma série de obstáculos adicionais, incluindo maiores taxas de desnutrição, desaparecimento dos serviços públicos e aumento da carga de cuidados, a devastação de comunidades rurais pobres com a disseminação do COVID-19 e a interrupção da cadeia de produção de alimentos que afetam particularmente os pequenos produtores de alimentos.
Em vista de seu papel histórico na promoção e adoção de normas internacionais para a proteção e garantia dos direitos da mulher, bem como de seu apoio aos Estados membros da OEA no cumprimento desses compromissos internacionais, a CIM reitera a importância de contribuição real e potencial de mais de 58 milhões de mulheres rurais.

Acesse aqui o documento de posição Mulheres rurais, agricultura e desenvolvimento sustentável nas Américas em tempos de COVID-19

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