O IPEA – Instituto de Pesquisa  Econômica aplicada  divulgou no dia 27 de março a pesquisa que realizou sobre Tolerância Social à Violência contra as Mulheres. Foram ouvidas 3.810 pessoas, homens e majoritariamente mulheres. A pesquisa revelou a persistência de um forte machismo na sociedade brasileira expresso na concordância de padrões discriminatórios que justificam, inclusive, a violência sexual. Assim, por exemplo, do conjunto dos entrevistados, 63,8% concordam que o homem deve ser o cabeça do casal, 65,1 justificam os estupros como consequência das roupas que as mulheres usam e 82% concordam que  “em briga de marido e mulher não se mete a colher”. Em entrevista à Revista Isto É, a Coordenadora Executiva da CEPIA Leila Linhares Barsted, destacou que os preconceitos manifestados pelas mulheres entrevistadas representam uma introjeção da ideologia machista a qual estão referidas, uma espécie de mentalidade de colonizado.  Reconheceu, ainda, no tocante às respostas preconceituosas em relação ao estupro, que grande parte das vítimas estupradas o foi por seus familiares, o que revela que a casa também não é um lugar seguro para as mulheres. Restaria perguntar: qual é o lugar seguro para as mulheres na sociedade brasileira?

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