Nas últimas semanas, o Governo do Irã tomou medidas drásticas para segregar a universidade por classes sociais, incluindo o impedimento das mulheres às principais universidades.  Durante um comunicado de imprensa das universidades do país sobre o próximo ano letivo,  36 delas anunciaram que não vão permitir a inscrição de mulheres em 77 faculdades, incluindo engenharia, contabilidade, educação e
química. Além disso, programas no campo das artes liberais, incluindo economia,
administração, psicologia, biblioteconomia e literatura  reduzirão as cotas de gênero em 30 a 40 por cento.

Desde as suspeitas eleições  presidenciais de 2009, que provocou um enorme protesto,
não visto desde a revolução de 1979, o governo iraniano tem se concentrado em promover a segregação por gênero e classe nas universidades do país, por considerá-las perigosos espaços de articulação e dissidência política. Kamran Daneshjoo, Ministro da Ciência, tem considerado esta segregação uma prioridade para proteger a moral da sociedade iraniana.

A Comissão Parlamentar do Irã em Educação e Pesquisa solicitou que Daneshjoo
se pronunciasse quanto às barreiras, recentemente instituídas, impedindo o pleno acesso das mulheres à educação.

Este movimento é um retrocesso significativo para os direitos das mulheres e para o sistema educacional, visto que as mulheres constituem a maioria dos recém-formados, e superaram os homens nas universidades por mais de uma década.

As restrições impostas às mulheres nas universidades iranianas terá impactos negativos na qualidade do ensino para as estudantes, bem como nas perspectivas de emprego, afetando também a próxima geração de candidatos universitários.

Pedimos o seu apoio se manifestando contra esta medida: envie uma mensagem para o  Secretário-Geral do Movimento dos Países Não-Alinhados das Nações Unidas, Sr. Ban Ki-moon, pelo email sg@un.org , que visitará o Teerã no final de agosto ou para o Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navanethem Pillay pelo email npillay@ohchr.org.

Para maiores informações visite a pagina sobre o Iran da WLP.

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